Posts tagged ‘Pedofilia’

04/10/2015

CUIDADO: Milhões de imagens retiradas de redes sociais são encontradas em sites pedófilos


rede sociais1Uma foto na praia com os pais, um registo da primeira festa de aniversário com primos e irmãos a celebrar, um vídeo de uma tarde de divertimento no parque infantil. Imagens inocentes como estas são partilhadas por vários milhares de pais nas redes sociais ou em blogues. Recebem “gosto” e algumas vezes acabam por ser partilhadas por familiares e amigos. São vistas por várias pessoas e facilmente passam pelos olhos de pedófilos. Um relatório de uma instituição australiana concluiu que dezenas de milhões de fotografias publicadas em páginas como o Facebook ou Instagram foram encontradas em sites de partilhas de cariz pedófilo.

A inocência da fotografia da criança mantém-se, mas os comentários que a acompanham quando são publicadas nestes sites são fortemente sexuais e perturbadores. Toby Dagg, investigador do Children’s eSafety Commissioner, instituição australiana que se dedica à observação da segurança dos menores online, atira um número imponente para mostrar a gravidade desta realidade.

Num dos sites de partilha de material pedófilo detectado pelas autoridades foram encontradas 45 milhões de imagens e “cerca de metade desse material parecia ter como fonte directa uma rede social”. Algumas das fotografias encontradas estavam armazenadas em pastas com títulos como os amigos do Instagram da minha filha, miúdos na praia ou ginastas, por exemplo.

Ao Sydney Morning Herald, o comissário da instituição, Alastair MacGibbon, explicou que “muitos utilizadores identificam claramente que obtiveram os conteúdos através de contas em redes sociais”. “As imagens são quase na maioria acompanhadas por comentários muito explícitos e perturbadores”, acrescentou o responsável, sublinhando que a inocência de uma imagem é completamente distorcida pelos predadores sexuais infantis.

Alastair MacGibbon dá como exemplo um site descoberto há dois anos que alojava 100 fotografias. Entre estas havia imagens de crianças em férias, a fazer os trabalhos de casa ou a abrir os presentes de Natal, fotografias que tinham sido catalogadas pelos próprios pais com a descrição do que os seus filhos faziam e publicadas de forma inocente nas redes sociais ou em blogues. Segundo o comissário, cerca de dez dias após o site ter ficado activo, as fotografias tinham sido vistas 1,7 milhões de vezes e comentadas com frases sexualmente explícitas.

“Quando publicamos qualquer coisa online, não importa onde seja, perdemos o controlo sobre ela. Pais que partilham muito são uma peocupação, porque não têm qualquer ideia sobre onde essas imagens vão parar e muitos pais não bloqueiam as suas contas da mesma forma que os jovens fazem.” A observação é da especialista em cibersegurança Susan McLean, que ao Sydney Morning Herald afirmou que os pais são muitas vezes menos conhecedores dos perigos online do que os seus filhos.

Susan McLean deixou o alerta: “Se é um utilizador voraz das redes socias, se vive a sua vida vorazmente através dos seus filhos online e usa sites de partilha de fotos e hashtags, tem de compreender que essa foto vale alguma coisa para alguém e pode ser para um propósito de que não vai gostar.”

Recentemente, o Tribunal da Relação de Évora centrou uma decisão na questão da insegurança e privacidade online de uma menor, cuja custódia estava a ser disputada pelos pais. O tribunal impôs que os pais da criança de 12 anos não divulgassem “fotografias ou informações que permitam identificar a filha nas redes sociais”.

Além de a Relação sublinhar que “os filhos não são coisas ou objectos pertencentes aos pais e de que estes podem dispor a seu belo prazer” e que os “pais devem proteger os filhos” e “têm o dever de garantir e respeitar os seus direitos”, alertou para os perigos da exposição de menores em redes sociais representados por “muitos predadores sexuais e pedófilos”.

“O exponencial crescimento das redes sociais nos últimos anos e a partilha de informação pessoal aí disponibilizada” permite que os que “desejam explorar sexualmente as crianças recolham grandes quantidades de informação disponível e seleccionem os seus alvos para realização de crimes”, conclui a Relação no acórdão de Junho deste ano.

O alerta para os perigos online da partilha de fotografias que identifiquem menores e os coloquem numa situação de fragilidade perante estranhos foi alvo de uma campanha lançada em Agosto pela PSP. “A melhor forma de o proteger é evitar que apareça aqui para sempre. Não publique caras de crianças, não mencione nomes e locais, não arrisque aqui: a decisão é sua”, apelou a polícia no âmbito da iniciativa.

Questionando se “será mesmo necessário publicar fotos com as caras das suas crianças de forma ostensiva”, a PSP apelou ao “bom senso e ao conhecimento que deve prevalecer na hora de publicar uma foto”. “A escolha é sua: sugerimos apenas que não o faça de forma ostensiva e que verifique bem as suas definições de segurança e privacidade.”

Fonte: Publico – UOL

04/11/2014

Família acusa missionário de igreja de abusar de menina de 12 anos


PedofiliaO abuso foi confirmado há cerca de duas semanas com exames de conjunção carnal, no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba.

Uma família que mora no bairro Boqueirão, em Curitiba, acusa o missionário de uma igreja* de ter abusado da filha de 12 anos.

O acusado tem 60 anos, está foragido e foi demitido da igreja após o escândalo. A família suspeita que os abusos aconteciam desde a chegada dele na região, há quatro anos.

O pai procurou a Rádio Banda B para denunciar o caso e pedir ajuda na prisão no suspeito. “Ele era da igreja, vinha dentro da nossa casa, fazia o que queria com ela e ia embora. A gente confiava nele, isso me deixa muito revoltado. Estou perdido, não sei o que fazer”, desabafa o pai. Segundo a família, o missionário passou a visitar a casa deles todos os dias. Com o passar dos meses, passou a levar a garota para passear. “Ele dava chocolate, presentes, pagava as coisas para ela, mas a gente pensava que ele era um homem bom, da igreja, um senhor de 60 anos”, descreveu.

No entanto, em um desses passeios, recentes, a garota chegou sangrando em casa. “Pensei que era a menstruação dela, que tinha ficado mocinha. Ficamos em alerta quando o pastor chamou a minha mulher para conversar sobre um homem que estaria abusando das meninas. Foi aí que eu fiquei com a pulga atrás da orelha”, contou.

Há duas semanas o pai procurou 7º Distrito Policial, que indicou o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria). A garota foi submetida ao exame de conjunção carnal, que confirmou o abuso. Para a família, a menina contou que o homem ameaçava matar a mãe caso contasse a alguém.

Investigação

A reportagem da Banda B entrou em contato com o Nucria, no entanto, foi informada que a delegacia não vai se manifestar para não prejudicar as investigações.

O nome da igreja não foi divulgado para preservar a identidade da adolescente.

Fonte: TN online

14/11/2012

Arcebispo católico diz que imprensa “exagera” em casos de pedofilia


Arcebispo católico diz que imprensa “exagera” em casos de pedofiliaO Cardeal George Pell, da Arquidiocese de Sydney, é a autoridade máxima da Igreja Católica na Austrália. Ele deu uma entrevista nesta terça-feira onde defendeu os padres das acusações de abuso sexual a crianças.

George acredita que imprensa está fazendo uma “campanha” contra os católicos no país, divulgando fatos “exagerados”.

Empunhando um volumoso dossiê, o religioso quer ter uma oportunidade de provar que não tentou encobrir casos de pedofilia envolvendo padres australianos.

“A Igreja Católica se esforça para apurar os casos e considera importante a investigação da polícia. Ficará provado que as denúncias são exageradas. Há uma campanha persistente da imprensa para atacar a Igreja nesse caso. Uma pergunta a ser feita é se é positivo para as vítimas esse furor da imprensa. A busca por justiça é um direito de todos. Estou pronto para cooperar totalmente. É uma grande oportunidade de ajudar as vítimas e desfazer exageros, separando fatos da ficção”, declarou.

Sua reação veio após a polícia divulgar denúncias de abuso sexual de menores em uma escola católica em Sydney. Com isso, a premiê australiana Julia Gillard anunciar a formação de uma comissão especial para investigar a pedofilia cometida por religiosos no país.

A principal acusação contra a Igreja Católica em várias partes do mundo é justamente a falta de punição. Os líderes abafam os casos e acabam deixando os abusadores livres da Justiça comum. Um estudo nacional encomendado pela Conferência Americana de Bispos Católicos à Universidade John Jay de Justiça Criminal, nos EUA alguns anos atrás, mostrou que dos 4.392 padres acusados, apenas 14,1% foram denunciados à polícia. O resto das acusações ficou dentro das dioceses, acobertado por líderes como o cardeal Bernard Law. As informações são do portal Terra.

Em março de 2010, o Papa Bento XVI divulgou uma carta pastoral condenando a pedofilia, algo que já era condenada pela doutrina católica. No documento, o Papa, mesmo tendo sido acusado de encobrir vários casos de padres pedófilos no passado, expressou a sua profunda “vergonha” pelos crimes de pedofilia cometidos pelos clérigos católicos, “pediu desculpa às vítimas” e disse ainda “que os culpados devem responder “diante de Deus e dos tribunais””.

Fonte: Gospel Prime

24/09/2012

Igreja Católica assume 620 casos de pedofilia na Austrália


A Igreja Católica confirmou 620 casos de abusos sexuais contra menores cometidos na Austrália por sacerdotes desde a década de 30, uma revelação inédita no país. Maioria dos casos ocorreu entre a década de 1960 e de 1980

A Igreja Católica confirmou 620 casos de abusos sexuais contra menores cometidos na Austrália por sacerdotes desde a década de 30, uma revelação inédita no país. O arcebispo de Melbourne, Denis Hart, classificou de “horríveis e vergonhosos” os números que aparecem em um relatório entregue para comissão que investiga no Parlamento do estado de Victoria casos de pedofilia cometidos em várias ordens religiosas.

Por meio de um comunicado, Hart disse que a maioria dos casos ocorreu entre a década de 1960 e de 1980, embora tenham ocorrido inclusive há 80 anos. Desde 1990, só 13 abusos foram registrados. O arcebispo afirmou que a igreja colaborará plenamente com a comissão parlamentar e acrescentou que está investigando outros 45 supostos abusos sexuais, informou a cadeia ABC.

“É um trauma e uma vergonha que estes abusos, com seu dramático impacto nas vítimas e suas famílias, fossem cometidos por sacerdotes católicos, religiosos e funcionários paroquiais”, protestou. “Este relatório demonstra que a igreja está comprometida a enfrentar a verdade e não se esquivar, diminuir ou evitar as ações daqueles que violaram seus votos sagrados”, garantiu Hart.

O Parlamento de Victoria criou em abril uma comissão especial para investigar os casos de pedofilia cometidos em várias ordens religiosas. As conclusões ficarão prontas no ano que vem. Segundo as associações das vítimas, o número dos menores vítimas de abusos pode superar 6.000 só em Victoria.

Em sua visita à Austrália, em julho do ano passado, o papa Bento XVI se reuniu com algumas das vítimas e pediu perdão em nome da igreja.

Fonte: Opera Mundi

18/05/2012

Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes


18 de maio é a data em que Araceli Cabrera Crespo, de nove anos incompletos, desapareceu da escola onde estudava para nunca mais ser vista com vida. A menina foi estupidamente martirizada. Araceli foi espancada, estuprada, drogada e morta numa orgia de drogas e sexo. Seu corpo, o rosto principalmente, foi desfigurado com ácido. Seis dias depois do massacre, o corpo foi encontrado num terreno baldio, próximo ao centro da cidade de Vitória, Espírito Santo. Seu martírio significou tanto que esta data se transformou no “Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”.

18 de Maio

ARACELI: Símbolo da violência. Por Pedro Argemiro

Durante mais de três anos, na década de 70, pouca gente ousou abrir a gaveta do Instituto Médico-Legal de Vitória, no Espírito Santo, onde se encontrava o corpo de uma menina de nove anos incompletos. E havia motivos para isso. Além de o corpo estar barbaramente seviciado e desfigurado com ácido, se interessar pelo caso significava comprar briga com as mais poderosas famílias do estado, cujos filhos estavam sendo acusados do hediondo crime. Pelo menos duas pessoas já tinham morrido em circunstâncias misteriosas por se envolverem com o assunto.

Ainda assim, corajosos enfrentavam os poderosos exigindo justiça, tanto que o corpo permanecia insepulto na fria gaveta, como se fosse a última trincheira da resistência. O nome da menina era Araceli Cabrera Crespo e seu martírio significou tanto que o dia 18 de maio – data em que ela desapareceu da escola onde estudava para nunca mais ser vista com vida – se transformou no Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Por uma dessas cruéis ironias, Jardim dos Anjos era onde ficava um casarão, na Praia de Canto, usado por um grupo de viciados de Vitória (ES) para promover orgias regadas a LSD, cocaína e álcool, nas quais muitas vítimas eram crianças – anjos do sexo feminino. Entre a turma de toxicômanos, era conhecida a atração que Paulo Constanteen Helal, o Paulinho, e Dante de Brito Michelini, o Dantinho, líderes do grupo, sentiam por menininhas. Dizia-se, sempre a boca pequena, que eles drogavam e violentavam meninas e adolescentes no casarão e em apartamentos mantidos exclusivamente para festas de embalo. O comércio de drogas era, e é muito enraizado naquela cidade. O Bar Franciscano, da família Michelini, era apontado como um ponto conhecido de tráfico e consumo livres.

Araceli vivia com o pai Gabriel Sanches Crespo, eletricista do Porto de Vitória, a mãe Lola, boliviana radicada no país, e o irmão Carlinhos, alguns anos mais velho que ela. Na casa modesta, localizada na Rua São Paulo, bairro de Fátima, era mantido o viralata Radar, xodó da menina, que o criava desde pequenino. Segundo o escritor José Louzeiro que acompanhou o caso de perto e o transformou no livro “Araceli, Meu Amor” – o nome Radar foi escolhido pela garota “para que o animal sempre a encontrasse”. Araceli estudava perto de casa, no Colégio São Pedro, na Praia do Suá, e mantinha urna rotina dificilmente quebrada. Ela saía da escola, no fim da tarde, e ia para um ponto de ônibus ali perto, quase na porta de um bar, onde invariavelmente brincava com um gato que vivia por ali.

No dia 18 de maio de 1973, uma sexta-feira, a rotina de Araceli foi alterada. Ela não apareceu em casa e o pai, num velho Fusca, saiu a procurá-la pelas casas de amigos e conhecidos, até chegar ao centro de Vitória. Nada. A menina não estava em lugar algum. Só restou a Gabriel comunicar a Lola que a filha estava desaparecida e que tinha deixado seu retrato em redações de jornais, na esperança de que fosse, realmente, somente um desaparecimento. No dia seguinte, quando foi ao colégio para conseguir mais informações, Gabriel ficou sabendo que a menina tinha saído mais cedo da escola. De acordo com a professora Marlene Stefanon, Araceli tinha “ido embora para casa por volta das quatro e meia da tarde, como a mãe mandou pedir num bilhete”

Na véspera, Lola tivera uma reação aparentemente normal ao constatar a demora da filha em chegar em casa. Primeiro, ficou enervada; depois, preocupada. No sábado, tarde da noite, sofreu uma crise nervosa e precisou ser internada no Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia. Ainda no início do processo, acabariam pesando sobre ela fortes suspeitas e graves acusações. Lola foi apontada como viciada e traficante de cocaína, fornecedora da droga para pessoas influentes da cidade e até amante de Jorge Michelini, tio de Dantinho. E mais: ela era irmã de traficantes de Santa Cruz de La Sierra, para onde se mudou tão logo o caso ganhou dimensão, deixando para trás o marido Gabriel e o outro filho, Carlinhos. Não se sabe até onde Lola facilitou ou estimulou a cobiça dos assassinos em relação a Araceli.

Menina era usada no tráfico de drogas

A respeito de Dantinho e de Paulinho Helal, dizia-se que uma de suas diversões durante o dia era rondar os colégios da cidade em busca de possíveis vítimas, apostando na impunidade que o dinheiro dos pais podia comprar. Dante Barros Michelini era rico exportador de café (tão ligado a Dantinho que chegou a ser preso, acusado de tumultuar o inquérito para livrar o filho). Constanteen Helal, pai de Paulinho, era comerciante riquíssimo e poderoso membro da maçonaria capixaba. Seus negócios também incluíam imóveis, hotéis, fazendas e casas comerciais. Já o eletricista Gabriel, seu maior tesouro era a filha. No domingo, ele foi à delegacia dar queixa, onde lhe foi dito que tudo seria feito para encontrar Araceli. Na Santa Casa, ele contou a Lola o resultado de sua busca e falou da garantia dos policiais de que tudo acabaria bem. Lola pareceu não acreditar – e chorou. O escritor José Louzeiro não tem dúvida:Lola foi, indiretamente, a causadora do hediondo crime de que sua filha foi vítima. “Na sexta-feira, a mando da mãe, Araceli tinha ido levar um envelope no edifício Apoio, no Centro de Vitória, ainda em construção, mas que já tinha uns três ou quatro apartamentos prontos, no 8º andar. A menina não sabia, mas o envelope continha drogas.

Num dos apartamentos, Paulinho Helal, Dantinho e outros se drogavam. Ela chegou, foi agarrada e não saiu mais com vida”, conta o escritor.

O que aconteceu realmente com Araceli Cabrera Crespo talvez nunca se saiba. E talvez, seja bom mesmo não conhecer os detalhes, tamanha é a brutalidade que o exame de corpo delito deixa entrever. A menina foi estupidamente martirizada. Araceli foi espancada, estuprada, drogada e morta puma orgia de drogas e sexo. Sua vagina, seu peito e sua barriga tinham marcas de dentes. Seu queixo foi deslocado com um golpe. Finalmente, seu corpo – o rosto, principalmente – foi desfigurado com ácido.

Corrupção e cumplicidade da polícia

Seis dias depois do massacre da menina, um moleque caçava passarinhos num terreno baldio atrás do Hospital Infantil Menino Jesus, na Praia Comprida, perto do Centro da capital. Mas o que ele encontrou foi o corpo despido e desfigurado de Araceli. Começou, então, a ser tecida uma rede de cumplicidade e corrupção, que envolveu a polícia e o judiciário e impediu a apuração do crime e o julgamento dos acusados por uma sociedade silenciada pelo medo e oprimida pelo abuso de poder. Dois meses após o aparecimento do corpo, num dia qualquer de julho de 1973, o superintendente de Polícia Civil do Espírito Santo, Gilberto Barros Faria, fez uma revelação bombástica. Ele afirmou que já sabia o nome dos criminosos, vários, e que a população de Vitória ficaria estarrecida quando fossem anunciados, no dia seguinte. Barros havia retirado cabelos de um pente usado por Araceli e do corpo encontrado e levado para exames em Brasília. Confirmando que eram iguais.

Por que a providência? Até então, havia dúvidas que era de Araceli o corpo que apareceu desfigurado no terreno baldio. Gabriel sabia que era o da filha – ele o reconheceu por um sinal de nascença, num dos dedos dos pés. Mas Lola disse o contrário. Assim que se recuperou, ela foi ao IML reconhecer o corpo e afirmou que não era de sua filha. Louzeiro recorda um outro fato a respeito disso, altamente elucidativo. Certo dia, Gabriel levou o cachorro Radar ao IML só para confirmar, ainda mais sua certeza. Não deu outra: mesmo com a gaveta fechada, animal agiu realmente como um radar, como Araceli premonizara, e foi direto à geladeira onde estava o corpo de sua dona.

Fonte:
Centro de Educação Sexual – CEDUS
Co-Representante ONG-Sudeste/CNAIDS-MS

13/05/2012

Uma em cada 5 meninas engravida até os 18 anos no mundo, alerta OMS


A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para o grande número de mães adolescentes em todo o mundo, na véspera das comemorações pelo Dia das Mães. Calcula-se que uma em cada cinco meninas fica grávida até os 18 anos. Anualmente, 16 milhões de adolescentes, entre 15 e 19 anos, dão a luz um bebê.

Em muitos locais do mundo, as mulheres são pressionadas a casar-se e ter filhos com pouca idade, o que justifica os altos índices de gravidez na adolescência. Nos países pobres, mais de 30% das jovens casam-se antes de completar 18 anos.

A pouca escolaridade também contribui para a gravidez precoce. “As taxas de gestação entre mulheres com menos estudo é maior em comparação à das mulheres com mais anos de educação”, diz comunicado da OMS.

De acordo com a organização, muitas adolescentes não sabem como evitar uma gravidez ou não têm acesso aos métodos contraceptivos.

Outra preocupação é quanto aos problemas de saúde provocados por uma gestação na adolescência. Complicações na gravidez e no parto são a primeira causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos em países pobres.

“Ter bebês durante a adolescência traz sérias consequências para a saúde da garota e da criança, especialmente em locais onde os sistemas de saúde são deficientes. Em alguns países, as adolescentes recebem menos cuidados durante e depois do parto em comparação às adultas”.

As garotas também se sujeitam mais a abortos ilegais. Cerca de 3 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos fazem abortos inseguros todos os anos.

* Com informações da Agência Brasil

13/04/2012

Cúpula da Igreja belga sabia de abusos a menores, diz imprensa


Segundo o jornal “Het Laatste Nieuws”, o cardeal primaz da Bélgica e o atual chefe da Igreja Católica no país sabiam dos abusos sexuais a menores.

O cardeal primaz da Bélgica até janeiro de 2010 Godfried Danneels, assim como o atual chefe da Igreja Católica no país, o arcebispo André-Joseph Léonard, sabiam dos abusos sexuais a menores nas últimas décadas no meio eclesiástico, informa nesta quarta-feira o jornal “Het Laatste Nieuws”.

Daneels, que também era arcebispo de Mechelen-Bruxelas, foi informado em ao menos 40 ocasiões de supostos abusos a crianças por sacerdotes, enquanto Léonard, responsável em 2010 pelo bispado de Namur, conhecia ao menos cinco casos de abusos sexuais, conforme a mesma publicação.

O jornal, que teve acesso a parte da documentação da “Operação Cáliz”, a investigação policial que fez operações surpresas em sede da Igreja Católica em todo o país, garante que o cardeal sabia dos abusos cometidos tanto em sua diocese quanto em toda a região de Flandres, apesar de ele sempre se declarado “surpreendido” pelo número de casos revelados posteriormente.

Na maior parte dos casos, existem trocas epistolares entre o cardeal e as vítimas, suas famílias e pessoas próximas, que escreviam cartas de denúncia a Daneels, quem costumava responder que “rezaria” pelos afetados, assinala o jornal.

Além disso, indica que, ao menos em um episódio, o cardeal substituiu um suposto sacerdote pedófilo de uma paróquia, apesar de nunca ter levado qualquer caso à Justiça.

Daneels, interrogado pela Polícia em 2010, disse que não sabia que os abusos tinham sido cometidos em sua diocese, detalha o jornal.

NEGLIGÊNCIA

Na década de 90, a imprensa trouxe à tona diversas denúncias de supostas vítimas de abusos de sacerdotes católicos e, como resultado, um tribunal belga declarou responsáveis civis, por negligência, Danneels e o arcebispo auxiliar de Bruxelas.

Uma comissão estabelecida pela Igreja Católica contabilizou, em uma investigação divulgada em setembro de 2010, mais de 450 vítimas de abusos sexuais por religiosos entre 1969 e 1985, das quais 13 cometeram suicídio.

Em novembro, a Justiça belga liberou às autoridades locais os nomes e domicílios de cem religiosos que cometeram delitos de pedofilia, apesar de a maior parte dos crimes já ter prescrito, a fim de evitar a reincidência.

No mês seguinte, a Igreja Católica belga anunciou o pagamento de indenizações entre € 2,5 mil (US$ 3,25 mil) e € 25 mil às vítimas de abusos sexuais por religiosos, embora os crimes já tenham legalmente prescrito.

Fonte: Folha Online

03/06/2011

Vítimas de pedofilia do clero processam Igreja Católica


Cerca de 80 vítimas de pedofilia por parte de elementos do clero na Bélgica apresentaram uma acusação contra a Santa Sé e altos responsáveis da Igreja Católica belga num tribunal de primeira instância em Gand, para exigirem indemnizações. As primeiras audiências deverão ser marcadas para Setembro.

Walter Van Steenbrugge, advogado das vítimas, salientou que o processo visa a «Santa Sé, sacerdotes belgas e outros religiosos», não sendo contra o Papa Bento XVI directamente dada a sua imunidade enquanto chefe de Estado do Vaticano.
No entanto, o sumo pontífice não foi esquecido: O Papa «nomeia os bispos que estão sob a sua autoridade, o que o torna responsável pelos seus erros», para além de que «não interveio pessoalmente nem deu instruções, o que permitiu que os abusos continuassem e se agravassem», disse Walter Van Steenbrugge em conferência de imprensa.
Recorde-se que em 2010, a Igreja Católica viveu um escândalo, quando o bispo de Bruges, Roger Vangheluwe, reconheceu ter cometido abusos sexuais e se demitiu em Abril de 2010. Neste processo são ainda visados o arcebispo André-Joseph Léonard e o cardeal Godfried Dannels por «não terem impedido os abusos».

Notícias Cristãs / Abola

26/05/2011

Bispos da Itália defendem apoio para vítimas de pedofilia


O secretário-geral da CEI (Conferência Episcopal Italiana), monsenhor Mariano Crociata, ressaltou hoje a necessidade de oferecer suporte às vítimas de pedofilia.

“Que as vítimas sejam prontamente ajudadas e escutadas, e o responsável pelos abusos possa ser afastado e perseguido”, disse o religioso, em entrevista sobre a 63ª Assembleia Geral da CEI.

Ele apresentou as diretrizes formuladas por um grupo de especialistas que trabalha há cerca de um ano para estabelecer medidas contra abusos sexuais.

Segundo Crociata, o “responsável” por reportar as denúncias “é sempre o bispo diocesano, que age prontamente na comunicação constante com a Congregação para a Doutrina da Fé”.

O secretário-geral, no entanto, negou que haja divergências entre a posição da CEI e a de outras Conferências Episcopais, como a alemã e a britânica.

De acordo com ele, há apenas diferenças no modo como cada entidade enfrenta as situações, pois as Conferências Episcopais são “organismos pastorais de coordenação entre os bispos, e não instituições autoritárias sobre os bispos”.

“Por exemplo, a Conferência Episcopal francesa não instituiu nenhuma comissão contra os abusos, referindo-se diretamente à Congregação para a Doutrina da Fé”, explicou.

Ontem o presidente da CEI, cardeal Angelo Bagnasco, repudiou os crimes de pedofilia, definindo-os como “uma infame emergência que ainda não foi superada, que causa danos incalculáveis aos jovens e às suas famílias, aos quais não paramos de apresentar a nossa dor e nossa incondicional solidariedade”.

Fonte: Folha Online

24/05/2011

Austríaco coloca placa de aviso contra padres pedófilos em floresta


De acordo com a placa, os clérigos são impedidos de entrar na floresta com crianças.

Um austríaco que é dono de terras que ficam em um bosque no sul do país decidiu colocar placas de aviso contra padres pedófilos, avisando que sacerdotes não podem entrar em sua propriedade acompanhados de crianças.

Sepp Rothwangl, 60, –que afirma ter sido vítima de abusos na infância– diz que a medida é uma tentativa de impedir a ocorrência de tais crimes por parte de religiosos. Segundo ele, o ato é um “protesto como simples cidadão”, já que a Igreja Católica parece ser incapaz de expulsar tais padres da instituição.

“Área de Proteção a Crianças”, diz o aviso que ele colocou na entrada de seus 160 hectares de terras na província de Styria. “Violações serão denunciadas. Somos forçados a tomar essa medida em defesa dos interesses das crianças”.

De acordo com a placa, os clérigos são impedidos de entrar na floresta com crianças, a não ser que estejam na companhia de pais ou outros adultos responsáveis.

O aviso está causando polêmica porque fica no trajeto para uma basílica do século 16 que atrai milhares de peregrinos católicos todos os anos.

A TV austríaca tem mostrado a placa nos principais jornais, e causado debate no país de 8,4 milhões de habitantes. A história também já repercute na Alemanha e na França.

Georg Plank, porta-voz da arquidiocese de Graz, capital da Styria, diz que a placa é um “ato bizarro que visa atrair atenção”. No entanto, ele diz que a igreja pretende ignorar a medida, sem entrar com medidas legais ou qualquer outro tipo de ação.

“Isso me lembra uma placa que foi colocada na época do nazismo, que dizia que judeus eram proibidos de entrar na floresta da Alemanha”, diz Gerhard Gross, chefe do partido político BZO, que detém 16 dos 186 assentos do Parlamento.

Gross acusa Rothwangl de espalhar uma “guerra religiosa contra o cristianismo” e entrou com pedido judicial contra ele por “incitar o ódio à igreja”.

No entanto, o dono das terras rejeita as acusações.

“Eu me recuso a ser comparado com os nazistas. Apenas quis chamar a atenção para esse problema”, diz.

Fonte: Folha Online / Folha Gospel